quarta-feira, 27 de março de 2013

A NORMA REGULAMENTADORA 27 - FOI REVOGADA DESDE 2008

Revogar significa : anular; invalidar; cancelar; derrogar;
abolir; extinguir.

Mas infelizmente, alguns livros sobre as Normas Regulamentadoras comentam esta NR. Vejo na internet comentários sobre está norma e por incrivel que pareça muitos professores que não se atualizam, ministram sobre esta norma.
CUIDADO QUEM APRENDEU ERRADO, ENSINA ERRADO!


 

segunda-feira, 25 de março de 2013



EDUCAR PARA SER SOMENTE EMPREGÁVEL.

      Ora, existe uma idéia neoliberal dominante no ensino técnico- profissional que é chamada de produtivista, isto é, o ideário da reestruturação produtiva de processo de globalização excludente que, na formação técnico-profissional, vem subordinada à lógica única da produção e do mercado.
      Ou seja, se a todo instante ouvimos falar que estamos em tempo de reestruturação produtiva de economia competitiva e de globalização, diante dessa realidade posta como ‘’irreversível’’, devem as escolas e as instituições de formação técnico-profissional ajustar-se. Esse ajuste postula uma educação e uma formação profissional que gerem um ‘’novo trabalhador’’ – flexível polivalente e moldado para a competitividade. Caberia, pois, à escola e aos centros de formação profissional, desenvolver um ‘’banco’’ variado de competências e de habilidades gerais, específicas e de gestão.
      Diante das mudanças no mundo do trabalho- referente da crise estrutural do emprego-, já não se pensa em ‘’formar para o posto de trabalho’’, mas para a ‘’empregabilidade’’. Passa-se, portanto, a idéia de que, com os diversos cursos técnicos espalhados pelo pais, todos os alunos/estudantes se tornarão empregáveis. Note-se que já não se propagandeia a Educação Técnica e o Ensino Médio para a formação da cidadania e para a luta pelos direitos, mas para as exigências exclusivas do mercado.
      Nas redes de formação técnica, o conteúdo pedagógico, a idéia matriz é de um cardápio literalmente do tipo fast food, ou seja, ensina-se o mínimo essencial para os jovens competirem no mercado de trabalho. (Dentro desse mínimo existe outra porcentagem no que se ensina de errado, ensino mínimo e com muitos erros).
      Outra característica das idéias neoliberais é a tentativa dos governos de separar a formação técnica e profissional, da geral criando assim, condições necessárias e suficientes para uma formação abstrata e polivalente ou ainda para uma formação que se constitua em espaço de requalificação ou de preparação para a empregabilidade.
       Ora, o que efetivamente esse projeto sinaliza é que o governo brasileiro deseja transformar as escolas técnicas federais- e, por consequência as estaduais – no SENAI dos anos 40, dando-lhes sobretudo, a função de requalificação de contingentes de trabalhadores desempregados ou de formação técnica modular com menor duração e com currículos curtos.
      Nessas propostas, que já estão sendo implementadas em alguns locais, a educação regular e, especialmente, a formação técnico- profissional aparecem uma vez mais, como sendo a ‘’galinha dos ovos de ouro’’, que pode nos ajustar à nova ordem mundial definida pela globalização e pela reestruturação produtiva.
      A novidade não é integrar todos, mas apenas aqueles que adquirirem ‘’habilidades básicas’’ que gerem ‘’ competências’’ reconhecidas pelo mercado. Competências e habilidades para garantir não mais o posto de trabalho e ascensão numa determinada carreira, mas a empregabilidade.
        O ideário das novas habilidades – de conhecimento, valores e gestão- e, portanto, de novas competências para a empregabilidade apagam o horizonte da educação e da formação técnico-profissional como um direito individual de todos. Trata-se, agora, de serviços ou bens a serem adquiridos para competir no mercado produtivo- uma perspectiva educativa produtivista, mercadológica, pragmática.
      Seriam a educação e a formação para a ‘’empregabilidade’’ a chave mágica para superar a crise do desemprego estrutural? Será que os discursos dos dirigentes das escolas técnicas para com os alunos, no inicio do curso, de que, ao final, todos terão uma garantia de emprego, são verdadeiros? Será que as distorções do mercado e a crise do emprego são determinadas pela qualificação ou não dos trabalhadores? Ou melhor, é possível resolver a crise do emprego dentro das escolas técnicas ou a partir da obtenção de um diploma de Ensino Médio ou Superior?
      O novo modelo de técnico. Não reinvidica, é produtivo e multifuncional.
Material retirado de uma apostilha de um curso técnico, com algumas colocações minhas.